Você vive no passado, presente ou futuro?

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O título da coluna de hoje traz uma pergunta importantíssima, que realmente merece a sua atenção. Não podemos nos dar ao luxo de ignorar o presente por vivermos apegados ao passado ou absorvidos pelos planos futuros.

Quem vive no passado tem algumas características. Quando olha para o espelho retrovisor enxergando um período glorioso, costuma ser nostálgico ou saudosista. Inevitavelmente, espera o retorno dos “velhos e bons tempos”.

Porém, nem todo mundo que vive no passado se apega às coisas boas que aconteceram lá atrás. É fácil encontrarmos pessoas que sentem culpa daquilo que fizeram – ou deixaram de fazer. “Se eu tivesse estudado, a minha vida hoje seria bem melhor…” Autoflagelam-se, carregando o peso-morto de suas lamentações.

Em contrapartida, quem costuma viver no futuro deposita suas expectativas naquilo que ainda não aconteceu. Adora projetar: “Quando eu fizer/tiver…”, vivendo uma existência repleta de angústia e ansiedade enquanto busca o “pote de ouro” ainda distante.

Não sei se é o seu caso, mas muitas pessoas têm uma história parecida com essa: aos 15 anos gostariam de ter 18 para tirar a carteira de motorista, aos 18 anseiam ter 23 para estarem formadas, daí nessa idade sonham ter 27… e a vida vai passando sem que elas percebam.

É claro que nós precisamos olhar para o espelho retrovisor a fim de relembrar a jornada que percorremos até aqui e também é importante projetar o futuro que queremos. Todavia, só conseguimos gozar uma vida plena quando vivemos o presente (que, aliás, tem este nome por ser uma dádiva).

Se você parar para prestar atenção nas pessoas que focalizam o presente verá que elas demonstram, acima de tudo, leveza. Não vivem inundadas de lamentações ou preocupações. Muito pelo contrário, são contentes, pois sabem apreciar aquilo que têm hoje.

Recentemente, um executivo me contou que seu filho fez o seguinte comentário: “Papai, como é bom ter piscina em casa, né?” Daí ele disse para a criança: “Mas se nós não tivéssemos piscina assim mesmo seria divertido”. Interessado, o filho questionou: “Mas, como assim?” Foi a deixa para que ele pudesse ensiná-lo: “Nós brincaríamos com uma mangueira. E se não houvesse uma mangueira a gente usaria um balde. Nós não deixaríamos de nos divertir”.

Agradeça as coisas boas que têm surgido na sua vida e até mesmo aquelas que não parecem ter nada de bom. Curta o sol, a chuva ou tempo nublado. Impacte a vida de quem você ama hoje mesmo. Em vez de fazer promessas, coloque as mãos na massa.

Apesar de parecer uma lista de coisas a fazer, não é não. São apenas alguns conselhos simples que vão ajudá-lo a se manter atento àquilo que realmente importa: o seu presente. Como os romanos já ensinavam 2.000 anos atrás: “Carpe diem” (aproveite o dia).

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