Quem busca se tornar um líder melhor deve ter em mente que não é possível influenciar outras pessoas sem, antes de mais nada, aprender a gerenciar a si mesmo com eficácia. Porém, o que isso significa na prática?
Você precisa cuidar de seis coisas em sua vida:
1) Emoções. Saber controlar os nervos na hora de tomar decisões difíceis, lidar com a frustração por maus resultados e administrar conflitos que inevitavelmente surgem na relação com os mais diferentes tipos de pessoas. Ninguém consegue se tornar líder de verdade quando é constantemente dominado por emoções que balançam de acordo com as circunstâncias.
2) Prioridades. Trabalhar muito não é sinônimo de trabalhar direito. Pessoas com grande capacidade de autogestão costumam ser aquelas que conseguem fazer escolhas acertadas sobre onde vale a pena investir o seu tempo no dia a dia. Por isso, desde já procure se perguntar: “Para quais projetos ou empreendimentos realmente devo dirigir a minha vida?”
3) Energia. Como dar conta dos afazeres e responsabilidades se você está esgotado? Uma boa prática é canalizar os esforços para as atividades críticas, como comentei logo acima. Caso contrário, você chegará à conclusão de que perdeu seu tempo em um trabalho insignificante. E, pior ainda, os problemas que precisavam de solução continuam fazendo estragos.
4) Ideias. Quem nunca teve uma boa ideia enquanto estava a caminho do trabalho, tomando um café, ou até no meio de uma reunião? O problema é que, com tantas coisas na cabeça, muitas iniciativas se perdem no meio do redemoinho daquilo que precisa ser feito no curto prazo. Lembre-se: às vezes, vale mais a pena investir minutos preciosos do dia para avaliar uma boa ideia do que gastar horas em tarefas corriqueiras.
5) Palavras. Aquilo que sai da boca do líder tem um peso muito grande para os liderados, contudo alguns gestores ignoram esse fato. São arrogantes quando precisam orientar alguém, maltratam pessoas na frente de todo mundo ou jogam o moral da equipe lá embaixo. Enquanto isso, tem gente que sabe usar as palavras a ponto de edificar e animar aqueles que estão de cabeça baixa. Quem deles é você?
6) Vida pessoal. Líderes que têm uma rotina marcada por vícios e excessos fora do escritório costumam ter um desempenho que oscila muito – e geralmente para baixo. E a mesma coisa acontece com quem enfrenta problemas pessoais que se arrastam ao longo de meses. Por isso, procure manter uma vida equilibrada, cuidando da sua alimentação e sono, sem esquecer de exercitar seu corpo e sua mente.
Você pode ter iniciativas louváveis, ser uma pessoa bem-intencionada, receber a atenção dos outros e assim mesmo naufragar. Os resultados que você almeja no trabalho e fora dele dependem muito de como costuma administrar suas emoções, prioridades, energia, ideias, palavras e a vida pessoal.
Pense nisso!
Palestrante e consultor empresarial especialista em Formação de Lideranças, Desenvolvimento Gerencial e Gestão Estratégica, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é autor dos livros “Líder tático” e “O gerente intermediário”, ambos publicados pela Ed. Qualitymark.