O que é microlearning, afinal de contas?

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Certamente você já comeu em um restaurante fast-food porque estava apressado e buscava ser rapidamente atendido. No processo de aprendizagem não é diferente. Com agendas pessoais cada vez mais apertadas, as empresas têm procurado alternativas inovadoras e ágeis para treinar seus colaboradores.

O que é microlearning, afinal de contas?
Muitas vezes, essas pílulas servem como “iscas” para despertar o interesse sobre a área do conhecimento em questão.

E é aí que que entra o microlearning. Uma metodologia na qual o conteúdo a ser estudado é subdividido em vários blocos e disponibilizado por meio de pequenos vídeos, áudios, textos e/ou slides que podem ser acessados pelas pessoas a qualquer hora e em qualquer lugar. Aquilo que também chamamos de “pílulas do conhecimento”.

Pílulas de conhecimento

Por que não ouvir um podcast enquanto você está dirigindo, assistir um vídeo na fila do banco ao aguardar atendimento ou ainda ler um pequeno texto no ônibus a caminho da universidade? Algumas pesquisas mostram que o aprendizado pocket, gota a gota, tem tudo a ver com a nossa geração.

Pense no WhatsApp, por exemplo. Já temos aproximadamente 120 milhões de usuários do aplicativo no Brasil e, se você não fugir à regra, está inserido em pelo menos um grupo dele em sua empresa. Em vez de deixar que as pessoas simplesmente troquem correntes e outros tipos de mensagens pouco instrutivas, muitas companhias começaram a disseminar conteúdos que ajudam seus colaboradores a serem mais produtivos no curto prazo.

[su_pullquote align=”right”]”Um princípio que levo comigo há muito tempo é: aprenda alguma coisa nova todos os dias”.[/su_pullquote]

É claro que as plataformas LMS serão cada vez mais importantes ao longo dos próximos anos, mas não podemos esquecer que não é qualquer tipo de empresa que tem estrutura e capital para implantar ações de e-learning mais robustas. Os grupos de WhatsApp, um canal restrito no YouTube e outras ferramentas de custo próximo a zero suprem exatamente a necessidade desse tipo de organização.

Não é milagre

O que é microlearning, afinal de contas?
Algumas pesquisas mostram que o aprendizado pocket, gota a gota, tem tudo a ver com a nossa geração.

Mas, não se engane. O microlearning não é uma metodologia que resolve todos os problemas de aprendizagem que vocês têm. O primeiro passo a ser observado é se o conteúdo que precisa ser ensinado pode ser adaptado para este formato.

Alguns temas são bastante complexos e não é um vídeo de cinco minutos que vai ajudar seu colaborador a compreender Contabilidade Avançada ou Governança Corporativa numa S/A. Simplificar, encurtar ou dividir em partes aquilo que exig  maior capacidade cognitiva ou tempo de exposição ao conteúdo é uma falha gravíssima.

Também procure desenvolver materiais dinâmicos, atrativos e, principalmente, úteis. Tenho utilizado o método numa série de projetos e vejo que as pessoas aderem à proposta sem resistência quando não precisam comprometer muito tempo nos estudos, aquilo que disponibilizamos vai ajudá-las no curto prazo e ainda cuidamos da “embalagem”. Portanto, não cometa o erro clássico de distribuir qualquer coisa e achar que as pessoas irão “engolir”.

Pequenas doses de aprendizagem

Outra dica que quero compartilhar com você é a seguinte: o microlearning funciona melhor quando está inserido numa trilha de aprendizagem sólida. Ou seja, se o desenvolvimento da competência também prevê cursos presenciais, leitura de livros, reuniões de feedback e ações que facilitem a transferência do aprendizado para a rotina de trabalho.

Muitas vezes, essas pílulas do conhecimento servem como “iscas” para despertar o interesse das pessoas sobre a área do conhecimento em questão. O que queremos, assim, é que elas gostem tanto daquilo que “degustaram” a ponto de procurarem saber mais a respeito do tema; e não as manter superficiais, como alguns acreditam.

Um princípio que levo comigo há muito tempo é: aprenda alguma coisa nova todos os dias. Com a evolução dos smartphones e inúmeras outras ferramentas de tecnologia essa tarefa tem se tornado cada vez mais fácil. O cardápio do “como” é vasto a ponto de agradar praticamente a todos; o que continua difícil é definir “o que” aprender. Mas isso é assunto para um outro artigo.

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