Empatia, simpatia, apatia e antipatia

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Como alguém já disse, se você quer entender qualquer coisa em profundidade, então também procure saber o que essa coisa não é. Uma máxima que vale mais ainda quando exploramos temas com vocábulos próximos, como é o caso de empatia.

Por exemplo, muita gente confunde empatia e simpatia, quando, na verdade, são coisas bem distintas. E já que vamos abordar essa diferença, também vou relembrar outros dois afetos que compartilham o mesmo “páthos” grego: antipatia e apatia. Vamos lá!

Antipatia é o sentimento que nutrimos por quem não gostamos. Infelizmente, às vezes o “seu santo não bate com o do outro”, não é verdade? Mas, atenção: a antipatia pode ser reflexo do egocentrismo quando repudiamos a pessoa justamente por ela ter uma virtude que também desejamos alcançar.

Já a apatia é produto da indiferença. Você simplesmente ignora o outro, mesmo que ele esteja fisicamente próximo de você. Muitos professores que conheço estão entristecidos com o seu ofício na sala de aula exatamente por não conseguirem despertar a atenção dos alunos, que se mantêm indiferentes a eles.

Em contrapartida, simpatia é aquilo que nutrimos de maneira calorosa e espontânea por quem é agradável. A pessoa simpática faz com que nos sintamos bem permanecendo ao lado dela. E isso acontece porque gente assim parece ter um magnetismo natural que nos atrai e envolve.

Empatia, por sua vez, é a capacidade psicológica para experimentar o que sentiria uma outra pessoa caso você estivesse no lugar dela. Ou seja, provar a dor do outro sem julgamento. Levar em conta as emoções, expectativas e sentimentos da pessoa na hora de tomar uma decisão que a afeta.

Em seu dia a dia de trabalho, inevitavelmente você sentirá antipatia por algumas pessoas e isso é humano. Mas, tenha em mente: se conviver um pouco mais com elas é bem provável que a sua opinião mude com o tempo, pois o desagrado da antipatia costuma surgir recheado de preconceitos.

Você também enfrentará a tentação de se manter apático em relação a quem não parece ser capaz de lhe proporcionar algo que valoriza. E está aí a oportunidade única de agir com compaixão.

Se costuma investir seu tempo no desenvolvimento de habilidades sociais eu não tenho dúvida de que você está obtendo avanços em sua jornada para ser alguém mais simpático e, portanto, agradável aos olhos dos outros.

No entanto, talvez, o maior desafio realmente seja aprimorar a sua capacidade de ser empático. Como ensina Daniel Goleman: ”A empatia é alimentada pelo autoconhecimento. Quanto mais conscientes estivermos acerca de nossas próprias emoções, mais facilmente poderemos entender o sentimento alheio”.

Quem consegue enxergar as necessidades de outro ser humano sem filtros e julgamentos em uma sociedade tão individualista como a nossa faz uma diferença e tanto em qualquer ambiente organizacional. Aliás, mais do que um profissional melhor, ao se esforçar para desenvolver empatia você se torna um ser humano melhor.

Pense nisso!

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