Qual foi o seu ponto alto no ano que se passou? E o momento mais complicado? Em dezembro, inevitavelmente, muitas pessoas param para fazer um balanço do ano que chega ao fim.
Refletem sobre as vitórias e as dores que tiveram de enfrentar. E é também nesse momento que boa parte delas começa a planejar o que quer para o novo tempo que está chegando.
Há aqueles que projetam fazer exercícios físicos. Outros que querem ler mais livros. Há a turma que promete realizar aquela viagem sonhada há tempos. E é claro, quem decidiu mudar de emprego ou de carreira.
E também não podemos esquecer que as pessoas que não têm o hábito de escrever suas resoluções de ano-novo acabam se sentindo ETs em meio a tanta empolgação que vem de todos os lados.
E o seu perfil? Você planeja minuciosamente tudo o que quer realizar daqui em diante, é adepto do “deixa a vida me levar” ou tenta o difícil equilíbrio entre os dois estilos?
Faça seu ano valer a pena
Depois de alguns anos difíceis, parece que a economia do país realmente vai começar a entrar nos eixos, mas isso não é garantia alguma de que as coisas andarão bem para qualquer um de nós. E se, porventura, as tendências positivas para o futuro próximo revelarem mais adiante um novo ano difícil?
Assim mesmo, você pode se sair bem. É só olhar para os bons exemplos – possivelmente, existam alguns deles em seu próprio círculo de amigos –, em vez de agir como a maioria, que prefere uma cautela demasiada nessas horas.
Temos de cair na real: o ano ser bom ou não depende, primordialmente, do nosso tipo de atitude ao longo dos próximos meses. Muita gente tem ótimas ideias nessa época, mas depois não coloca nada em prática. Espera que as coisas aconteçam naturalmente, em vez de fazê-las acontecer.
É verdade que nem todas as pessoas têm uma veia realizadora. Algumas são ótimas em planejar, mas na hora de tirar as ideias do papel, logo travam. No entanto, com bons hábitos é possível tornar-se alguém que alia essas duas virtudes (planejamento e execução).
Ousadia
Não tenha medo de estabelecer metas audaciosas e significativas. Existe uma cena belíssima do filme Homem-Aranha, na qual a personagem Mary Jane se mostra surpresa com a capacidade de Peter Parker resolver uma situação crítica e pergunta porque ele geralmente parece medíocre, em vez de mostrar a força que tem. E Peter responde: “Eu costumo me encolher…” Daí fica a lição: o medo do sucesso não pode impedir você de fazer as coisas que seu potencial comporta.
Foco
Defina até quatro metas, no máximo. Como se diz, é melhor querer mais intensamente menos coisas e lutar verdadeiramente por elas, do que estabelecer um número exagerado de objetivos e depois não conseguir dar conta de nenhum deles. E é claro, seja capaz de dizer não às outras coisas atraentes que surgirão no meio do caminho e poderão retirá-lo dos trilhos.
Disciplina
Cumprir as promessas que fez a si mesmo não será nada fácil se você tem dificuldade de adotar rotinas ou costuma parar as coisas no meio do caminho. Por isso, desde já, procure identificar as tarefas que terá de cumprir dia após dia para atingir suas metas e quem poderá incentivá-lo a executá-las quando a empolgação passar e as urgências sem importância começarem a distraí-lo.
E, se me permite compartilhar um aprendizado com você, lembre-se de que todo excesso causa danos. Precisamos ser ousados, mas não confunda arrojo com precipitação ou loucura. É necessário manter o foco naquilo que se quer, só que esteja preparado para enxergar a oportunidade da sua vida, se ela pintar na semana que vem. Seja disciplinado, contudo permita-se um “dia do lixo” de vez em quando, para curtir o ócio ou apenas se desligar das obrigações.
O otimismo e a esperança renovada não são suficientes para que alguém venha a ter um ano próspero, mesmo que muita gente diga o contrário. O que faz a diferença de verdade é você colocar em prática aquilo que já sabe que deve fazer. Feliz ano novo!
Palestrante e consultor empresarial especialista em Formação de Lideranças, Desenvolvimento Gerencial e Gestão Estratégica, também é professor universitário em cursos de pós-graduação. Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é autor dos livros “Líder tático” e “O gerente intermediário”, ambos publicados pela Ed. Qualitymark.