Boas práticas de escuta ativa

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Durante os primeiros anos de estudos, a escola nos estimula a desenvolver dois canais de comunicação muito importantes: a leitura e a escrita. Porém, a expressão verbal e a escuta permanecem em segundo plano, apesar de também serem cruciais.

Mais adiante, na vida adulta, muitas pessoas se dão conta de que precisam aprender habilidades de expressão verbal e, para isso, fazem cursos de oratória, aprimoram a sua capacidade de conduzir reuniões ou passam a apresentar palestras, por exemplo. Enquanto isso, escutar bem continua sendo uma competência ignorada pela maior parte delas.

O grande escritor Rubem Alves até falou certa vez: “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de ‘escutatória’. Todo mundo quer aprender a falar, mas ninguém quer aprender a ouvir”.

Não sei se você já leu isso em algum lugar, mas a capacidade de escuta possivelmente será a principal habilidade que você fará uso para alcançar sucesso em sua carreira e desfrutar relações saudáveis com as pessoas que o rodeiam no trabalho e fora dele.

E já que não é nada fácil encontrar um curso que ensine a arte da escuta ativa, como podemos evoluir? Existem algumas boas práticas que você pode adotar a partir de hoje mesmo. São elas:

Þ    Em sua próxima conversa, dê sinais ao interlocutor que você está prestando atenção. Concorde com a cabeça, mantenha contato visual, sorria (se oportuno), faça perguntas e utilize expressões como “Ahã” e “Ah, é?”.

Þ    Não interrompa a pessoa enquanto ela fala. Mesmo que você saiba aonde o interlocutor quer chegar, permita a conclusão do raciocínio, a não ser que você tenha uma dúvida que precisa ser sanada na hora.

Þ    Repercuta o que foi dito. Repita com palavras diferentes o que você acabou de ouvir a fim de dar feedback ao interlocutor. Um exemplo é: “Ah, então quer dizer que você fez….?”

Þ    Compreenda as entrelinhas. Como o grande Peter Drucker ensinou: “O mais importante na comunicação é escutar o que não foi dito”. E ainda precisamos ter em mente que nem todo mundo consegue ser claro e objetivo.

Þ    Preste atenção na linguagem não-verbal. Fique atento à postura, gestos, expressão facial e tudo mais que ajude na interpretação daquilo que o emissor está tentando transmitir a você.

Þ    Evite distrações. Deixe o smartphone no silencioso e recuse chamadas telefônicas enquanto o interlocutor fala. Aquela história de “Pode dizer que eu estou prestando atenção” enquanto tecla, não cola.

Þ    Suspenda o julgamento. Se você ouvir seletivamente só porque sabe onde a pessoa vai chegar daqui a dois minutos, estará muito mais preparado para rebater do que para escutar de verdade.

A escuta ativa, portanto, exige empatia. E mais do que técnicas, essas recomendações acima são princípios que vale a pena seguirmos em qualquer tipo de interação social.

Pense nisso!

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