A Síndrome do Impostor na liderança

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A impressão de não ser suficientemente capaz, de a qualquer momento ser “descoberto” como uma fraude, costuma estar associada a profissionais em início de carreira ou a indivíduos com baixa autoestima. Porém, a chamada Síndrome do Impostor é um fenômeno que não poupa nem os líderes mais experientes.

Até Albert Einstein sofria da mesma angústia: “A sensação que tenho de ser um impostor nunca me abandona. De tempos em tempos, tenho que me convencer de que sou digno do sucesso que obtive”, escreveu certa vez.

Mas, por que vários líderes reportam esse tipo de insegurança?

O exercício da verdadeira liderança é um chamado à vulnerabilidade desde o momento em que cria dúvidas e incertezas dentro de você. “Será que eu realmente sou capaz de estar à frente dessa nova regional da empresa? Não seria melhor deixar que outra pessoa cuidasse do projeto? E se amanhã eu me der mal e todos descobrirem que não sou tão bom assim?”

Papéis de gestão normalmente exigem que você tome decisões difíceis, enfrente críticas e assuma responsabilidades quando ainda não tem ideia do que fazer. Isto é, bem no momento em que se vê suscetível a falhas, consumido por dúvidas e impactado pela dura descoberta de fraquezas e limitações pessoais.

Portanto, a Síndrome do Impostor toma os líderes em momentos de maior responsabilidade ou exposição. Quando, por exemplo, você assume um novo cargo ou projeto crítico, é aí que a voz interna que questiona “será que eu sou realmente capaz de fazer isso?” se torna mais alta, minando a sua autoconfiança.

Bem, e o que fazer nessas horas?

  1. Reconheça a Síndrome do Impostor.

    A sua verdadeira força não está na ausência de inseguranças pessoais e sim na capacidade de seguir em frente apesar delas.

  1. Reflita sobre suas realizações.

    Revisitar as conquistas que obteve ao longo da carreira geralmente é um exercício útil para combater a autocrítica exagerada ou a crença de que o seu sucesso decorre de mera sorte ou circunstâncias favoráveis.

  1. Busque apoio e orientação.

    Fale abertamente sobre suas angústias com amigos íntimos ou mentores de confiança para receber direcionamento, mas resista à tentação de procurá-los querendo obter validação externa.

  1. Seja gentil consigo mesmo.

    Trate-se com a mesma compaixão que você teria com um colega ou colaborador que enfrentasse dúvidas semelhantes.

  1. Abrace a vulnerabilidade.

    Ao assumir sua humanidade e imperfeição, você abre espaço para uma liderança mais autêntica e ainda tem tudo para se tornar um ser humano melhor e um líder mais eficaz já no curto prazo.

Quando você reconhece as próprias limitações e se permite aprender com elas, além de se fortalecer, inspira seus liderados a fazerem o mesmo. Afinal, a liderança é um caminho repleto de dúvidas e descobertas, onde o verdadeiro impostor é aquele que acredita que já sabe de tudo.

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